Inteligência emocional para concursos e para a vida

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Publicado em 03/11/2017
"Todo aprendizado tem uma base emocional." Platão
O conceito de Inteligência Emocional foi apresentado em 1990 pelos psicólogos John Mayer e Peter Salovey, num fluente artigo no qual eles definiram Quociente Emocional (QE) – Emotional Intelligence (EI), em inglês – como um subconjunto de inteligência social que envolve a capacidade de monitorar os sentimentos e emoções, tanto próprios como dos outros, para, discriminando-os, usar a informação para guiar o pensamento e as ações. Em 1995, o conceito foi disseminado e popularizado pelo escritor Daniel Goleman, que se empenhou em explicar como é importante controlar as emoções.
Ninguém nega que sentir emoções é o que torna a vida mais rica. De fato, não há um único momento em nossa existência que não seja marcado por alguma dessas sensações, ainda que nem sempre sejamos capazes de perceber isso. Como já se descobriu, até mesmo a capacidade de aprendizagem está conectada ao nosso emocional. É isso mesmo, caro leitor, tudo que aprendemos é, em algum grau, determinado pelas nossas condições emocionais.
Há até um método pedagógico que foi desenvolvido com base nessa concepção. Conhecido como programa de aprendizagem social e emocional – ou SEL (Social and Emotional Learning) –, o método tem tido resultados bastante positivos. Nas escolas que o adotaram, observou-se progresso no desempenho de mais de 50% dos alunos e melhora das médias de mais de 38% deles. De outro lado, os registros de mau comportamento diminuíram cerca de 28%, e 63% dos alunos demostraram comportamento significativamente mais positivo perante a aprendizagem e a vida.
O conceito de QE para o mundo dos negócios, especialmente para as áreas de liderança e de desenvolvimento de funcionários, também teve impacto muito positivo e é considerado uma das ideias mais influentes das últimas décadas. Atualmente, empresas de todo o mundo selecionam e avaliam os seus colaboradores e líderes com base em critérios que identifiquem as aptidões de QE. Assim, a depender da área de atuação, o autocontrole emocional e a empatia podem configurar habilidades mais valiosas do que aptidões meramente cognitivas.