Em 2020, muitas empresas passaram a adotar o home office, mas como fica essa realidade no futuro? Para especialistas, o novo cenário referente ao mercado de trabalho tem como aposta a adesão ao modelo híbrido — ou seja, unir o remoto ao físico.
A 4ª edição da pesquisa Índice de Confiança do Trabalho no Brasil, feita pelo LinkedIn, mostrou que, em um cenário de pós-pandemia, até os profissionais de organizações menores pretendem ter mais flexibilidade para não exercerem as funções in loco, apesar do espaço físico disponível.
"As empresas passaram a ter mais confiança nas equipes ao notarem que seus negócios permanecem ativos mesmo com a crise", avalia Celson Hupfer, CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital e Doutor em Psicologia Social.
"Outros benefícios como a redução de custos, retenção de talentos, flexibilidade e engajamento da equipe, são fatores decisivos para esse modelo, mas, não são suficientes para manter o home office 100%", completa.
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Segundo o CEO, a vontade de interagir presencialmente com colegas e a questão da saúde mental pesam na decisão das organizações na hora de pensar em um modelo inteiramente remoto.
Entretanto, o modelo híbrido ainda gera dúvida nos colaboradores. Por isso, para ajudar com esse novo processo, o Celson Hupfer separou sete dicas. Confira:
A variação de modelos de trabalho (in loco e home office) poderá gerar confusão no momento de readaptação, mas criar ou definir melhor as rotinas diárias, entender quais os melhores dias e picos de energia para realizar atividades, podem te ajudar a manter os resultados, mesmo no formato híbrido.
Com essa mudança, o seu desempenho também pode sofrer alterações. Então, questione-se, avalie os processos diários, seu senso de urgência e responsabilidade e, dependendo da sua avaliação, mude sua rotina ou comunique isso a um gestor, afinal, pedir ajuda é necessário e, desta forma, ele poderá te auxiliar em seu novo desafio.
Tenha em mente as diferenças do trabalho no escritório e em casa. Com base nas diferenças, crie um planejamento diário — como, por exemplo, no escritório, realizar pausas para cafézinhos, para higienizar as mãos ou apenas para se alongar.
Já em casa, avalie o horário de iniciar e encerrar o trabalho, uma outra opção é já separar a sua roupa, mesmo sem a necessidade de um dress-code formal.
Não importa qual o canal, a comunicação entre você e a equipe deve permanecer clara, de modo que esteja alinhada às expectativas dos líderes.
"O colaborador deve sempre buscar os seus gestores para comunicar novos desafios ou dificuldades, a empatia, a gentileza e a comunicação consigo e com o outro são palavras-chaves para este modelo", recomenda Hupfer.
Neste início, as empresas ainda estarão se adaptando ao formato, assim como você. Portanto, seja paciente e fique atento aos detalhes, às recomendações e quadros de avisos, à localização e recomendações de utilização de máscaras e álcool em gel, ao distanciamento entre as pessoas e até a escala e revezamento de equipes em locais dentro da empresa.
Crie o hábito de autogerenciamento, utilize tempos livres de forma adequada e investigue sobre novas habilidades que podem agregar para sua empresa ou para o mercado.
Com a adesão ao novo formato, o número de cursos online e gratuitos devem permanecer na média, o que é uma boa notícia para quem deseja aprender novas habilidades, sejam elas técnicas ou comportamentais.
Se você iniciou algum exercício físico na pandemia, permaneça com eles, mesmo que você tenha que ajustar os horários. Busque também sentar em posições confortáveis e beber água, afinal, isso também ajuda na concentração e foco.
Uma boa alimentação, pausas para alongamento e, às vezes, músicas no fone de ouvido podem ajudar na produtividade e bem estar.