O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado, falou sobre o concurso PRF. O titular da corporação pretende ter até 2022 o quadro de servidores legais completo na corporação. A Polícia Rodoviária Federal sofre com grande déficit de pessoal e Furtado trabalhará para recompor esse efetivo.
"O objetivo, a meta e todo o empenho nosso vai ser para chegar ao final de 2022 com o quadro de servidores legais completo. Não será fácil, vai exigir muito esforço", comentou Furtado.
Ter o quadro de policiais rodoviários federais completo significa contratar mais de 8 mil nos próximos três anos. A fala do diretor-geral é do registro de uma reunião recente que teve a participação de Adriano Furtado.
FOLHA DIRIGIDA teve acesso ao áudio com a declaração do chefe da Polícia Rodoviária Federal. Procurada, a PRF ainda não confirmou a declaração oficialmente.
Ainda nesse encontro, Adriano comenta que o intuito seria formar duas turmas com 700 aprovados, mas isso não será possível. Sendo assim, formará uma única turma com mil. Ele ressalta ainda que serão necessários novos concursos e que a realização do curso de formação não atrapalha a publicação de um novo edital em paralelo.
Mesmo com a declaração do diretor-geral, ainda não é possível prever a publicação de um novo edital. O concurso PRF precisa ser autorizado pelo Ministério da Economia. A expectativa é grande tendo em vista a necessidade de pessoal e os esforços da PRF em publicar novo edital.
No início do mês, foi publicada a portaria autorizativa assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que confirma a chamada de mil aprovados - sendo 500 excedentes, do concurso em andamento. No entanto, o número não supre todo o déficit da corporação.
A PRF divulgou recentemente que o efetivo de novembro de 2018 era de 10.029 servidores, quando o ideal seriam 18.424 na corporação. Na época, totalizava carência de 8.395 profissionais, sendo tais vacâncias resultados de aposentadorias, mortes, exonerações, transferências, entre outros motivos.
Antes da portaria ser publicada, havia a expectativa para 1.500 aprovados sendo convocados para o curso de formação. Essa medida supriria, pelo menos, as aposentadorias.
Isso porque, de acordo com dados obtidos no Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério da Economia, a Polícia Rodoviária Federal soma 1.204 aposentadorias desde 2016, quando foi expirada a valide do concurso anterior.
Todavia, o aval de Bolsonaro contempla apenas mil chamadas, o que não supre nem mesmo as aposentadorias em sua totalidade. Dessa forma, a PRF continuará com um déficit de mais de 7 mil servidores e precisará de um novo edital o quanto antes.
"Assinei hoje decreto que autoriza a PRF a chamar 1.000 novos concursados, sendo 500 deles previstos no edital do concurso e outros 500 além da previsão inicial. Essa é mais uma medida de fortalecimento da segurança pública, em especial quanto ao patrulhamento de nossas rodovias", disse o presidentes pelas redes sociais.
Dentro do prazo legal de 31 de maio, a Polícia Rodoviária Federal confirmou o envio de um pedido de concurso ao Ministério da Economia. A solicitação contempla a 4.435 vagas para cargos de policial rodoviário e agente administrativo.
Desse total, 4.360 vagas são para o cargo de policial rodoviário federal, enquanto as demais 75 são destinadas a carreira de agente administrativo, de nível médio. A PRF agora aguardará pelo aval da pasta que pode ser publicado ainda este ano, a qualquer momento.
PEDIDO DE CONCURSO PRF 2019
CARGO | VAGAS | REMUNERAÇÃO | REQUISITOS |
Policial | 4.360 | R$10.357,88 | Nível superior em qualquer área, de 18 a 65 anos e CNH |
Agente administrativo | 75 | R$4.022,77 | Nível médio completo |
O último concurso ainda está em andamento. Na última terça-feira, 2, foi publicado o resultado provisório da etapa de avaliação psicológica. Os aprovados no exame psicológico serão convocados para a próxima etapa, a prova de títulos.
⇒ Sede, em Brasília
⇒ 27 superintendências regionais
⇒ 150 delegacias
⇒ 413 unidades operacionais
⇒ Total de mais de 550 unidades em todo o país