Conheça os 3 pilares para um estudo eficiente
Você já conhece os três pilares do estudo? Se não, talvez seja o momento de você conhecer melhor. Isso porque eles são fundamentais para a sua jornada de preparação para concurso público.
Em poucas palavras, consiste em estudar a teoria, exercitar com a prática de questões e revisar o que foi aprendido.
Parece simples, né?
Mas o desafio é saber como organizar o tempo entre essas três fases do estudo para que você potencialize o seu aprendizado e esteja mais próximo do seu sonho: tornar-se um futuro servidor.

Os três pilares do estudo consistem em estudar a teoria, exercitar na prática e revisar o que foi aprendido (Foto: Freepik)
Como dividir o tempo entre teoria, exercícios e revisão?
Para responder essa pergunta, a startup de Educação EduQC, realizou um estudo que avaliou a evolução do que as pessoas aprendiam, controlando como e quanto elas estudavam.
A pesquisa descobriu que a revisão é 6% mais eficiente do que a prática, que, por sua vez, é 37% melhor do que a teoria.
No estudo teórico, foi apontado que a leitura é a melhor técnica, ficando à frente das videoaulas (9% melhor), aulas presenciais (25% melhor) e áudios (80% melhor).
No entanto, o engenheiro Civil-Aeronáutico e fundador da EduQC, Victor Maia, conta sobre um paradoxo no aprendizado: quanto mais eficiente é o modo de estudar, mais proficiente (competente no que faz) você precisa ser.
Isso quer dizer que a melhor forma de aprender é ensinando. Mas como você poderá ensinar o que não sabe?
Para isso, você precisa ter um estudo eficaz, sabendo equilibrar teoria, exercícios e revisão.
Como equilibrar os 3 pilares do estudo?
Segundo Maia, você precisa gradativamente estudar menos a teoria e aumentar prática e revisão aos poucos. O desafio, nesse caso, é saber o momento de fazer essas alterações no seu cronograma.
E a Inteligência Artificial pode ser uma grande aliada para isso, com ferramentas tecnológicas que podem auxiliar nessa divisão nos estudos.
Cada pessoa tem um processo de aprendizagem, por isso, o equilíbrio deve ser visto de forma empírica, ou seja, a partir da observação prática.
Apesar da revisão ser mais eficiente do que a prática e a teoria, como afirmado mais acima, nem todos os candidatos podem focar mais tempo nela, em especial os iniciantes.
Por que você não deve esquecer de estudar a teoria?
O estudo da teoria é a base para os outros dois pilares. Para praticar e revisar, você precisa aprender o conteúdo de forma teórica.
Infelizmente, o estudo eficiente – no sentido de aprender o conteúdo – é cansativo. Muitas vezes o estudante sofre com a falta de concentração.
O que Victor Maia indica é achar uma forma de aprender mais rápido para superar seus concorrentes.
Quando você alia a teoria com a prática e a revisão, você ganha um estudo mais ativo e, consequentemente, mais engajamento.
O resultado? Um aprendizado mais dinâmico e motivador.
Enquanto os outros alunos estarão sentindo tédio vendo somente videoaulas, você estará escrevendo uma redação ou acertando as questões do simulado. Isso porque o assunto foi bem estudado anteriormente.
Por que é importante praticar?
Aquele ditado sobre aprender na prática é real. Ao contrário da revisão, que é mais eficiente para candidatos já com um conhecimento prévio, a resolução de questões ajuda a todos.
Por isso, Victor Maia reforça a necessidade de resolver questões de concurso em todas as sessões de estudo: “da primeira à última”, destaca.
O que vai mudar é a intensidade. No início, o recomendado é estudar mais teoria e menos prática. Conforme você for aprendendo, essa lógica inverte.
O sistema da EduQC, com o auxílio da inteligência artificial, faz essa divisão de forma automatizada, o que leva o candidato a maximizar o aprendizado.
Quanto tempo depois de estudar a matéria é preciso começar a revisar?
Victor Maia explica que há muita desinformação a respeito da revisão. Apesar de ser eficiente para o aprendizado, não deve ser feita de forma burocrática.
“Após estudar a teoria, você já deve avançar para outras formas de estudo, como exercícios, mapas mentais, resumos e flashcards”, aconselha.
Um ponto importante é que você não deve revisar tudo o que aprendeu. A revisão deve focar naqueles assuntos que você tem dificuldade ou que não compreendeu.
E para descobrir quais são esses assuntos, é preciso resolver questões. Os simulados podem ajudar você a mensurar os conteúdos com mais erros e que precisam ser revisados.
Após isso, você confere o seu material de revisão. Caso não tenha nada a respeito desse assunto, você deverá voltar à teoria e fazer um resumo sobre o que está faltando.
A consequência disso é um material de revisão completo. Quando o edital do concurso sair, só vai precisar revisar os assuntos e resolver questões.
Quanto tempo de estudo é preciso dedicar à revisão?
Antes de qualquer coisa, você deve saber que o único material adequado para revisão é aquele que você mesmo fez. O processo de revisar serve para fixar o que já foi aprendido.
O principal erro dos alunos é achar que revisão é releitura. Outros acham que revisar por materiais prontos, por serem mais sintéticos, servem como revisão, conta Victor.
Caso você revise com um material que não é seu, estará apenas fazendo uma releitura. Portanto, apesar de importante, a revisão precisa vir após a teoria e prática.
Quando você consegue estudar com qualidade, a revisão vai ganhando lugar estratégico na sua preparação, podendo estar em todas as sessões de estudo.
O volume de revisão, portanto, deve aumentar de forma gradativa, à medida que você for aprendendo sobre a disciplina.
Esse ritmo de aprendizado é algo individual e poderá ser diferente em cada conteúdo estudado. Você pode ter mais dificuldade em uma área do que em outra.
Como então ter eficiência nos estudos?
O segredo, segundo Victor Maia, é criar uma rotina de estudos e manter a constância. “Por mais incrível que pareça, aprender, apesar de difícil, é simples”, conta o fundador da EduQC.
O volume de estudos não vai garantir para você aprendizado, é preciso manter a rotina de forma planejada e constante.
Se você tem um planejamento adequado à sua realidade, é bem maior a probabilidade de, daqui a seis meses, você ainda estar firme, pontua.
Para ter um planejamento adequado, é necessário saber dividir o tempo. Essa divisão não é só por cada disciplina, mas também pelos três pilares (teoria, prática e revisão).
Você não tem que dividir o material que será estudado, como, por exemplo, definir quantidade de páginas e exercícios que deverá resolver em um dia.
Esse tipo de organização, segundo Maia, acaba não tendo qualidade e cria ansiedade, uma vez que, caso não dê tempo, o aluno vai correr com a leitura ou com as questões. E isso nunca é uma boa ideia.
5 passos para se planejar com os 3 pilares do estudo
Agora que você já sabe a importância dos três pilares, você pode dividir o tempo de estudo, prática e revisão de cada matéria. Comece com o estudo de teoria, depois resolva questões e finalize com a revisão.
- Durante a teoria, você pode estudar tudo o que o tempo permitir. Caso seja possível, pode até avançar os tópicos da disciplina, mas sem acelerar para isso.
- Quando for resolver as questões, faça exercícios de todos os assuntos que já foram estudados na disciplina (sem focar na quantidade de questões).
- Na hora de resolver as questões, você poderá observar seus erros e ver quais foram as dúvidas que ficaram. Não adianta correr para olhar a resposta certa, use os erros para aprender.
- Por fim, revise os conteúdos que você teve mais dificuldade.
- Caso suas dúvidas não sejam respondidas no material de revisão, você deve voltar à teoria, complementar seu resumo e seguir em frente.
A divisão de tempo em cada pilar deve ser feita para maximizar a velocidade de aprendizagem. Dessa forma, o estudante só revisa o que realmente precisa, de forma orgânica, sem perder tempo.