Síndrome do Impostor: como combater?
Você já ouviu falar na Síndrome do Impostor? Medo. Ansiedade. Receio. Essas são emoções normais, que fazem parte do ser humano.
Porém, quando começam a atrapalhar ou paralisar a pessoa diante de desafios e oportunidades da vida, pode ser um problema.
Mais ainda, quando surge o questionamento em relação à própria competência, podem ser sintomas da Síndrome do Impostor.
O professor e psicanalista Marcelino Viana a define como “uma negatividade excessiva em torno das próprias capacidades, o que pode gerar o pensamento e os sentimentos de não merecimento em relação ao que se conquistou até o momento”.
As pessoas que possuem a Síndrome do Impostor se veem com inferioridade, desqualificando as suas habilidades e atribuindo o sucesso a outros fatores, como sorte.
E isso pode acontecer também com quem está se preparando para concurso público. O psicanalista explicou por que isso possível, o que é a Síndrome e como combatê-la. Confira!

O primeiro passo para tratar a Síndrome do Impostor é procurar ajuda de um profissional da saúde mental (Imagem: Freepik)
O que é Síndrome do Impostor?
Apesar de ainda existirem poucos estudos científicos sobre este tema, é possível identificar uma sequência habitual de sensações relacionadas à Síndrome, segundo Marcelino Viana:
- Insegurança sobre as capacidades e o merecimento daquilo que se conquistou e/ou o lugar que ocupa.
- Desqualificação de feitos pessoais e associação com outros fatores que levam a pessoa à conquista, como sorte ou, até mesmo, a sensação de fraude.
- Dependência da aprovação de terceiros.
- Autossabotagem.
Síndrome do Impostor e Autossabotagem
O psicanalista Marcelino destaca que a autossabotagem é um fator de bastante atenção para identificar a Síndrome do Impostor, já que ela pode prejudicar vários aspectos da vida.
Alguns exemplos são encerrar uma parceria profissional por não acreditar ser competente o suficiente ou até mesmo o término de um relacionamento, por se ver como alguém que não é capaz de ser recíproco.
O sujeito que se sente incapaz, mesmo sem o ser, acaba adotando posturas para evitar frustrações e possíveis decepções, afirma Marcelino Viana.
Quem está estudando para concurso pode ter?
Marcelino Viana explica que, apesar da condição não ter uma classificação oficial pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é preciso que o futuro servidor esteja atento.
Segundo o professor, ela pode atingir pessoas expostas a situações e ambientes de:
- Alta competitividade.
- Alto rigor seletivo.
- Elevado nível de demanda em torno de competências e habilidades.
Por isso, Marcelino Viana aconselha: tenha atenção à sua saúde mental!
Como tratar a Síndrome do Impostor?
O primeiro passo para tratar a Síndrome do Impostor é procurar ajuda de um profissional da saúde mental, principalmente porque ela pode estar vinculada a outras questões emocionais.
Aconselhar a busca por um profissional desta área também é uma forma de ajudar alguém com Síndrome do Impostor.
“Reconhecer o quadro pode gerar estratégias mais adequadas a um tratamento efetivo e até a indicação de outros profissionais, se for o caso de uma intervenção multidisciplinar”, explica Marcelino Viana.
Para os futuros servidores, uma alternativa é buscar por um mentor que seja especialista na área emocional e de estudos para concursos públicos. O profissional pode ajudar:
- Na compreensão das ancoragens que impulsionam esses comportamentos negativos.
- No ajuste do percurso de estudo com base na regulação e no fortalecimento das emoções.
- No desempenho com foco no concurso desejado.
Se você se identificar com os sintomas relatados, procure sempre ajuda de um profissional qualificado!
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