Carreiras Digitais: como ser designer digital?
No mercado digital, o designer ganha um papel fundamental para as empresas. Além de criação de artes, passa agora a atuar de forma estratégica também.
Sabe quando você entra em uma loja virtual e não consegue achar nada, as informações são confusas e o processo de compra é mais ainda? Quais são as chances de você efetivar a compra em um portal assim?
Para evitar esse tipo de problema, surgiram novos tipo de designers que são focados em Experiência do Usuário (UX) e Interface de Usuário (UI).
Esses designers trabalham para que a plataforma não seja só esteticamente agradável, mas tenha uma boa usabilidade.
Segundo Giullia Gomes, designer de produto da Delivery Hero, a área de Design sofre mudanças e atualizações constantes. E a existência desses profissionais do futuro (ou presente) é só mais uma amostra disso.
Em 2018, a demanda por profissionais da área triplicou. Além disso, a importância desse tipo de trabalho torna a profissão uma das carreiras digitais mais promissoras.
Confira a entrevista completa da Guillia Gomes na série Carreiras Digitais com a Gama Academy
O que muda na carreira do designer no mercado digital?
O profissional que era designer gráfico, passou a ser webdesigner, por exemplo. Portanto, a primeira coisa que você precisa é entender, como já dito, é que o mercado de trabalho está em constante mutação.
Além disso, algumas percepções dos profissionais também vão sendo atualizadas. Um bom exemplo é sobre o olhar para diversidade nas peças e campanhas de Marketing.
Sobre as novas funções voltadas para a experiência do usuário, Giullia explica que o designer sai de uma posição tática – de fazer artes – para assumir uma função estratégica.
Quais os novos tipos de designers?
Existem diferentes áreas de atuação, mas de uma maneira geral, a especialista conta que é possível dividir em dois tipos:
#1. Web/Digital – que são os profissionais que, geralmente, trabalham em agências e produzem artes para social media.
#2. Experiência do usuário – que são os designers que têm uma atuação focada no usuário, desde a interface até a usabilidade.
Nesse segundo grupo, é possível identificar diferentes atuações. O designer de produto, por exemplo, trabalha na melhoria do produto em todas as suas vertentes.
Já um designer UX tem como função deixar a experiência de usabilidade do produto mais otimizada possível, enquanto o designer UI foca na parte mais visual do produto.
Há também o designer research que faz as pesquisas de mercado e com o usuário. Além do designer unicórnio, que abraça todas as áreas.
Em qual área de Design focar?
Para quem está em início de carreira, Giullia conta que é importante atuar de forma mais generalista e passar por todas as cadeiras possíveis.
É comum que empresas que estão começando prefiram contratar profissionais de design que atuam em mais áreas.
Apesar disso, a especialista ressalta que esse cenário deve mudar e, no futuro, as empresas terão preferência em contratar profissionais especializados.
A dica é: enquanto trabalha de forma generalista, já pense em qual área o agrada mais para escolher se especializar.
É preciso fazer faculdade para ser designer digital?
Segundo a designer de produto da Delivery Hero, depende. A graduação é importante, mas não é necessária para entrar no mercado.
Carreiras Digitais têm essa facilidade – diferentemente de outras profissões – que você consegue acesso à informação online ou fazendo cursos técnicos, explica.
Guillia ainda completa dizendo que o mercado digital tem um olhar mais voltado para o seu trabalho do que para sua formação, mas há casos de empresas que não contratam sem diploma.
Com o tempo, até essas empresas mais tradicionais acabarão flexibilizando esse critério de contratação, acredita a profissional.
Como o mercado de trabalho está em constante mudança, o conselho é fazer cursos técnicos de menor duração.
Outra possibilidade para um diploma de nível superior é o tecnólogo, que costuma ter cerca de dois anos.
Você quer entender mais de UX e UI?
Quais as habilidades necessárias para um designer digital?
Para ser um designer, Giullia explica que não é somente conhecer os softwares de edição, mas existem outras habilidades que são levadas em consideração.
A especialista conta que realiza entrevistas com designers, e algumas habilidades comportamentais (soft skills) pesam mais do que o conhecimento técnico, como:
1. Saber se expressar
É preciso saber vender quem você é e as coisas que você faz. Não basta ter um portfólio maravilhoso, se você não consegue se expressar para vendê-lo.
2. Reconhecer suas vulnerabilidades
Ser egocêntrico não ajuda muito, é importante entender suas vulnerabilidades e, acima de tudo, ser transparente e verdadeiro.
3. Proatividade
Por mais clichê que seja, profissionais que têm capacidade de começar várias coisas e buscar resolver problemas são mais bem vistos.
Cases de sucesso na área de design digital
Para entender a importância da profissão, Giullia conta um case de sucesso da Amazon.
Na hora de realizar a compra no site da Amazon, os usuários só conseguiam finalizar a ação fazendo um cadastro. Isso fazia com que muita gente desistisse de comprar.
Um time de designers entendeu que mudar um botão no site faria toda a diferença. Foi inserida a opção “continue”, que permitia a compra sem precisar de um cadastro.
O número de vendas aumentou em 45%, gerando uma receita de U$300 milhões.
A especialista explica ainda que todas as grandes empresas têm cases de sucesso na área de experiência do usuário, como Spotify, Nubank, Uber, entre outras.
A mensagem que Giullia deixa para quem quer ingressar na carreira é “não se deixe abater”.
A designer explica que alguns estereótipos sobre a profissão podem acabar desanimando, mas a dica é ir atrás de quem já faz parte do meio e buscar conhecimento.
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